O segundo encontro de novembro teve como objetivo fortalecer vínculos afetivos, ampliar repertório, conversar e refletir sobre os desafios para 2023.

A atividade principal se deu por uma dinâmica de grupo chamada Consultoria, onde cada gestora compartilhou no grupo o que pretende fazer em 2023 para fortalecer as práticas de literatura em sua instituição. As ideias foram  anotadas e ficaram expostas para que todos pudessem consultar. Então, o grupo foi dividido em duas  fileiras, consultores numa fila fixa e gestores circularam. Ao sinal, os gestores andaram e pegam consultoria sobre seus projetos com outro consultor. Quando ouviram todos os consultores, pausa para escrever e se organizar. Após pausa para registrarem e se organizarem, grupo que foi consultor se tornou gestor e o grupo de gestores foram os novos consultores. Ao final, voltaram para o grupão para comentar o impacto das sugestões que cada instituição recebeu.  

O momento literário ficou por conta do livro Abrindo caminho, de Ana Maria Machado

O Entre Encontros: Preparar, junto com a equipe, o material de boas práticas que será apresentado em fevereiro.

E como o recesso será grande, ficou também outra sugestão de tarefa: Ler, nos Centros de Estudos, os mitos que não terminamos nesse ano - do livro Ler antes de saber ler: oito mitos escolares sobre a leitura literária - obra que permeou todas as atividades do curso.

O até logo foi uma gostosa brincadeira no momento do Corpo e mente:  Eu vi um grande tatu, eu vi um grande tatu…

Até 2023!

No dia 18 de outubro de 2022 aconteceu o quinto encontro com as creches parceiras. O tema deste encontro foi  discussão do quarto  mito: é preciso poupar as crianças dos horrores do mundo. 

Iniciamos com um vídeo para acolher as gestoras com clima agradável. A leitura da agenda foi a segunda atividade do dia, com ela o grupo pode conhecer os objetivos do encontro e saber quais atividades estavam programadas. Conversamos sobre a 20ª Primavera dos Livros, evento que contou com a participação de educadoras, famílias e gestoras. Elas gostaram muito, inclusive soubemos que Aline e uma educadora voltaram ao evento no dia seguinte com seus filhos.

Cristina leu a síntese da ATA. O registro do próximo encontro será de Solange.

Nos informes conversamos sobre a próxima live, com o autor Fernando Vilela. Vimos uma série de livros escritos por eles e trocamos com as gestoras sobre quais obras elas conheciam e tinham nas instituições.

Momento Literário: livro “A Bruxa Salomé”. Depois fizemos uma roda de leitura. 

Reflexão... 

ATIVIDADE SOBRE 4º MITO DO LIVRO: No primeiro momento – dramatização de uma situação como disparadora para discutirmos o mito. A creche Muzambinho retrata uma situação em que se faz presente a discussão sobre poupar as crianças dos horrores do mundo.

Cena: Uma mãe (Elisa) preocupada com sua filha, procura a gestora para dizer que a menina tem sentido medo do lobo. A gestora (Rosane) chama as professoras para conversar e saber que história é essa. Uma das professoras (Anna) diz que mudou a história exatamente para poupar as crianças. A outra professora (Rafaela) diz que, pelo contrário, acha importante que as crianças tenham a possibilidade de conversar sobre temas que as deixam tristes ou com medo, assim podem externar seus sentimentos e elaborá-los melhor.

Dividimos o grupo em dois e distribuímos duas perguntas para discussão: 

1- Você se identificou com alguma personagem da dramatização? Qual?

2 - Que argumentos /reflexões o texto traz para nos apoiar nessa situação? 

Fechamento: tarjetas colocadas no blocão com destaques do texto.

Corpo e mente:  Brincadeira - Meus Pintinhos, venham cá! Elisa puxou a primeira rodada e brincamos com uma versão de comando. “Meus Pintinhos, venham cá!  Venham cá, tenho milho pra te dar.” As gestoras conheciam outras versões e nos apresentaram: “meus pintinhos venham cá. A raposa já morreu”; “meus pintinhos venham cá. A raposa não faz mal”

Conversamos sobre como se sentiram ao mudarem de papel.

Avaliação...  

O que levam de aprendizado na bagagem após o encontro?
Distribuímos um papel com o desenho de uma mala.

- Companherismo; dedicação; amizade; troca de ideias; aprendizado; gratidão. 

- Experiência das colegas em relação ao enfrentamento dos nossos medos – infantil, adulto, humano; coletivo e solitário. 

- Mudança no olhar. 

- Importância da escuta e do acolhimento; reflexão; acolhimento (também do adulto. Será que estamos prontos? Preparados para certas situações?

 - Foi prazeroso e relevante para formação pessoal e profissional; a importância do trabalho em equipe; pode-se abordar qualquer assunto com as crianças de modo que respeite a sua compressão.

O tema deste encontro foi os desafios relacionados ao trabalho literário nas instituições e rendeu boas conversas.  Após a leitura da agenda, como de praxe, iniciamos com informes, entendido como um momento de troca de informações sobre acontecimentos entre as instituições ou acontecimentos externos importantes para quem trabalha com educação infantil.

 Foi apresentado um PPT com a síntese da ATA do encontro anterior e explica o objetivo: “o registro ajuda a resgatar a memória, a história do curso e quem registra tem a oportunidade de refletir sobre o que aconteceu. Isso é um processo que ajuda em novas ideias e aprendizagens”. No próximo encontro teremos a leitura do registro feito por uma gestora com o apoio de uma facilitadora.  

Seguimos com a discussão do que ficou acordado sobre o entre encontros – as gestoras trouxeram os desafios que observam na instituição em relação à leitura. Dividimos o grupão em dois e duas facilitadoras acompanharam cada grupo.

Reflexão...  

Lançamos a pergunta para a conversa nos subgrupos: Onde ficam os livros em sua instituição?  Foi muito interessante conhecer o funcionamento de cada uma e os desafios enfrentados. São eles:

Gestora da Creche Cantinho Feliz: “apaixonar os educadores, fazer com que leiam antes de ler para as crianças, para que elas também se apaixonem”. Explica que “apaixonar as crianças, é preciso planejar. É importante conhecer a história para poder ler com o grupo de crianças – faz parte da leitura diária. É importante organizar o espaço, saber a várias maneiras de ler, o que ler etc.” e “como se mexer na estrutura? A disponibilidade do professor, ser dinâmico – não é “historinha para distrair as crianças. É uma História sobre nosso país, sobre uma deusa, sei lá”. 

Gestoras da Creche Berçário Casa Santa Marta: “Como contar histórias para crianças tão pequenas? Como pode ser prazeroso? Conhecer o livro e passar isso para as crianças.”

Gestora do Centro Educativo Padre Agostinho Castejón (CEPAC):  “Como lidar com a transição entre a pré-escola e o ensino fundamental, uma vez que são dinâmicas tão diferentes? Como a contação de história pode estimular a pré-escola para a preparação para a alfabetização sem ter o compromisso de “alfabetizar”?” 

Muitas trocas entre as gestoras, mediadas pelas facilitadoras do projeto.

Organizamos uma roda literária . O livro foi Chapeuzinho Vermelho, Bethan Woollvin - V&R editoras. Depois da leitura, muitos comentários surgiram:

Mudança de representação da personagem: “uma Chapeuzinho que assusta lobo!” Outra comentou que o lobo da história  é “estiloso” e a Chapeuzinho “corajosa”. Observaram também que há várias versões de um conto. Surgiram dúvidas e considerações sobre o que Chapeuzinho fez com o lobo, as cores da ilustração chamou a atenção e comentários como “a história propicia várias leituras”. 

A facilitadora explicou que esse é um livro ilustrado – ilustração e texto dialogam e são interdependentes foi mostrando os detalhes da ilustração que apresentam a personagem de uma forma inusitada.

Na avaliação do encontro, perguntamos: “O que aprendi?” Muitas considerações foram destacadas:

Gestora do CEPAC: “cada uma, na sua realidade tem vivências parecidas e outras diferentes. Partilhar é positivo para crescer. A literatura é importante para nós, adultos e é fundamental acreditar na formação humana. Acredito no aprendizado contínuo."

Gestoras de creches diferentes disseram que  é muito importante a escolha dos livros, a apresentação para as crianças e a possibilidade destas escolherem o que querem ler.